A última flor que restou
aponta com desânimo o infinito
a que desabrocha
esquiva-se de respostas
fecha os olhos
(de medo)
a marcha da ave-maria toca
o silêncio faz eco
em caverna
tudo é pedra
da janela
um feixe de escuridão
e o curso inevitável das nascentes
a última flor que restou
imersa em gotas de orvalho
insiste e aponta o infinito
sob brisas e sombras da tarde
sobras e escombros ficam
(é mais um que sai
sem correntes).