“Eu prefiro um
galope soberano/ À loucura do mundo me entregar” (Zé Ramalho)
Se
me chamam louco, insano, se me apontam
Se
me acusam diferente do que são
Se
também os meus delírios te espantam
Porque
sei que há no mundo uma distorção
O
meu nado vai contrário a correnteza
O
real é mais complexo que parece
O
meu mundo é sem espaço pra vileza
E
o louco que em mim mora nunca esquece
Da
atroz selvageria do teu mundo
Que
é normal em toda sua crueldade
Este
orbe que acaso eu circundo
Quer
tirar o meu sentido de viver
Fiquem
certos de que nesta realidade
Para
o louco abrir os olhos é morrer!
(Yvanna Oliveira)