Para Antonio de Lira
Eu busco, amor, no meu íntimo o que te expresse
O sentimento veemente que me despertas
Mas é em vão, não há versos ou rimas certas
Toda poesia é pequena ao que me parece.
Toda palavra é confusa, logo emudece
Assim que vê o que deve ser traduzido
Então eu calo e te faço só um pedido
Aceite os versos, simplórios. Já anoitece.
E o verso puro que eu quis a mim recusou
Minha agonia já mostra meu insucesso
Eu sinto tanto e não digo. Está bem, confesso:
Sinto-me fraca e sei, pseudopoeta sou
Peço-te entenda a coragem desta aprendiz
Que te oferece um soneto que nada diz.
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