sábado, 11 de agosto de 2012

Cenas de um feriado

Cheira o pirão na panela
salpicado de coentro
harmonia casa adentro
luz entrando na janela

Som de Xangai pela casa
rede, num balanço lento
o pirão experimento
quente como sol em brasa

À poesia de Cancão
atenção lacrimejada
lembranças refugiadas
no sonho do sabiá

Há som e também silêncio
deste céu azul gigante
que me diz o quanto é grande
esta paz que sinto e penso

Enquanto falam, não ouço
perdida no pensamento
que cristaliza o momento
tão feliz de um mero almoço

(Yvanna Oliveira)

3 comentários:

  1. Pirão na panela... bem nordestino. Senti saudade do pirão da minha mãe rs

    Bem original. Seu estilo não me lembra nenhum poeta, o que é algo muito bom.

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  2. Obrigada, Edy!

    (Duvido que o pirão da sua mãe seja tão bom quanto o que a minha faz! rss)

    bjoo

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  3. "Fantástica", sua maneira de escrever de tocar os leitores... sua admiradora número 1...

    saudades , xero

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