À noite o destino é o mesmo
meu desatino vem desse ócio
impregnado nas rachaduras
que viram fantasmas insistentes
e não cansam de me atormentar
(espectros me perseguem)
estou exausta de cochichar
as paredes do meu quarto
já estão cheias de segredos
meus lençóis não suportam mais
o peso das nascentes
a corredeira das lágrimas secas
o assombro das sombras
(qualquer hora desnudo)
enquanto coberta,
guardo meu mundo
trancado às chaves secretas
por trás das portas dos fundos
um mundo só, meu
lamento,
faz mais frio a cada dia.
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