domingo, 20 de maio de 2012

Busca



Minhas pálpebras palpitam
- como o músculo das emoções -
atentas ao que não se vê
por dentro adormeço
distante, silente
itinerante de notas e letras
que se findam
em êxtase e lamento
ecos da alma

fecho os olhos para o mundo
(insana realidade)
porque se se fecha a janela
o mar de negro em que se adentra
e o infinito que se pode tocar
possuem a imensidão das galáxias
e a profundidade do lume da Terra

rejeito o palmo opaco à frente
o lodo e o bolor

fecho os olhos
e encontro um facho de luz
que de olhos abertos
não se pode ver.


(Yvanna Oliveira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário