Minhas
pálpebras palpitam
-
como o músculo das emoções -
atentas
ao que não se vê
por
dentro adormeço
distante,
silente
itinerante
de notas e letras
que
se findam
em
êxtase e lamento
ecos
da alma
fecho
os olhos para o mundo
(insana
realidade)
porque
se se fecha a janela
o
mar de negro em que se adentra
e
o infinito que se pode tocar
possuem
a imensidão das galáxias
e
a profundidade do lume da Terra
rejeito
o palmo opaco à frente
o
lodo e o bolor
fecho
os olhos
e
encontro um facho de luz
que
de olhos abertos
não
se pode ver.
(Yvanna Oliveira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário